Ritmo constante e produção na quantidade certa. Duas chaves para garantir uma entrega precisa e o rendimento necessário para sua empresa se manter, lucrar e crescer. Mas entender que ritmo é esse e qual a capacidade produtiva do seu negócio é fundamental antes de qualquer novo investimento.
Saber a sua capacidade garante que não haja excessos ou subutilização na sua produção. Afinal, produto parado ou sobrando significa prejuízo na certa (Saiba também como fazer um gerenciamento de estoque eficaz). Mas não há motivos para se assustar: basta medir sua capacidade e passar a tomar decisões mais certeiras, aumentar seu rendimento e atender bem à demanda de seus clientes. Lembre-se também de que capacidade e volume são coisas distintas: enquanto a primeira se refere ao máximo que se pode ser produzido, o segundo é o que se produz atualmente.
Vamos, então, aos cálculos:
Produção X tempo
A primeira regra para entender seu rendimento é simples: calcular quantas unidades são produzidas em um determinado período. Esse tempo certamente dependerá do tipo de produto com o qual sua empresa trabalha. Pequenos itens, de rápida produção, costumamos calcular em minutos. Já para itens maiores, a medição em horas é mais adequada.
Tempo de produção
Feito o primeiro cálculo, você deve, então, multiplicar esse resultado pelo tempo total de trabalho em um dia. Isso significa que, se a sua média é de 8 horas de produção ao dia e 200 itens saem da sua linha de produção por hora, o exemplo lhe daria um total de 1.600 itens ao dia. Embora nosso cálculo ainda não tenha terminado, esta etapa já lhe dá um panorama sobre como anda a sua produção em relação à demanda do mercado e sobre como seus recursos vêm sendo aproveitados.
Interrupções na produção
No cálculo anterior, previmos uma certa quantidade de horas de produção, mas é preciso também prever os momentos de pausa nessa operação, ou seja, aqueles instantes do trabalho diário que não se convertem necessariamente em produtividade.
Primeiramente, faça um levantamento das perdas já calculadas, como os intervalos para os funcionários e as manutenções de maquinário já agendadas. Esse resultado irá lhe fornecer a produtividade efetiva da empresa.
Em seguida, acompanhe as perdas não calculadas, como eventuais faltas ou ausências de funcionários, falta de matéria-prima e defeitos inesperados nas máquinas. Tire uma média desses itens e calcule a capacidade produtiva realizada.
O cálculo final da eficiência
Para chegar ao resultado de qual é a eficiência real da sua produção, você deve dividir a capacidade realizada pela produtividade efetiva, o que lhe fornecerá a sua taxa de eficiência, conforme o exemplo:
• Produção por hora: 200;
• Turno: 10 horas;
• Produtividade disponível: 2.000/dia;
• Perdas planejadas: 2h/dia = 400 unidades;
• Perdas não planejadas: 1h/dia = 200 unidades;
• Produtividade efetiva: 1.600 unidades/dia;
• Produtividade real: 1.400 unidades/dia;
• Taxa de eficiência: 0,875.
Como a produtividade real nunca será maior que a efetiva, o seu maior valor de eficiência poderá ser 1 e, quanto mais próxima desse valor a sua taxa de eficiência estiver, melhor será a sua produtividade.
Preparado, então, para estimular cada vez mais a sua produção?
Mantenha esses cálculos sempre atualizados e tire o melhor proveito dessas informações.
Conhecer bem a sua capacidade é, sem dúvida, a melhor forma de aumentar o seu rendimento